Participe das Reuniões do Fórum Sindical e Popular toda terça-feira às 18 horas, na sede do Sindicato dos Trabalhadores do Vestuário (Avenida Alberto Braune, 05 - sala 113)

sábado, 6 de agosto de 2011

Fórum do Movimento Sindical e Popular de Nova Friburgo - em defesa da participação popular na tomada de decisões políticas


As organizações representativas do movimento Sindical e Popular de Nova Friburgo, reunidas em Fórum permanente de debates e de apresentação de propostas para o enfrentamento à tragédia que se abateu sobre Nova Friburgo, entendem, em primeiro lugar, que as discussões em torno das soluções para os graves problemas que afligem nossa população não podem ser monopolizadas pelos governantes e representantes do empresariado.
Os trabalhadores e moradores das áreas devastadas pelas chuvas são os maiores interessados na definição das políticas públicas voltadas à superação das adversidades e não aceitam ficar à margem da tomada de decisões.
Exigimos a nossa participação neste processo.
Atividade do Fórum no Sindicato Têxtil
Os trágicos acontecimentos vividos pelos moradores de nossa cidade têm, em parte, origem nos fatores de ordem natural: o grande volume das chuvas. Por outro lado, o descaso dos sucessivos governos municipais e estaduais permitiu a ocupação desordenada de encostas, margens de rios e outros espaços impróprios, deixando de investir em programas ambientais e habitacionais, permitindo assim a ocupação irregular do solo sem respeito às mínimas exigências técnicas  de segurança. Fica clara a total falta de compromisso com as camadas populares. O governo do Estado pouco investiu, nos últimos anos, na prevenção de tais calamidades, mesmo havendo recursos específicos para isso.
A Prefeitura de Nova Friburgo continua deixando de cumprir o que determinam as leis municipais 3.549/2007 e 3.690/2008, que criaram, respectivamente, o Conselho Gestor do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social e o Conselho Municipal do Trabalho, Emprego e Renda. De fato, com o descumprimento da legislação, os governantes evidenciam o desinteresse pela participação dos trabalhadores organizados e movimentos populares na definição das políticas sociais e econômicas.
Já passou da hora da população, que paga seus impostos e produz a riqueza através do trabalho, mudar este estado de coisas.
O Estado tem a obrigação de oferecer: pavimentação, iluminação pública, saneamento básico (coleta de lixo, água potável e esgoto tratado), energia elétrica (com tarifas equivalentes às contas            de luz das indústrias), telefonia, transporte público a preços justos, saúde, educação, cultura e lazer. Os movimentos e organizações representativas dos trabalhadores estão hoje unidos para ações conjuntas no caminho da (re)construção das cidades sobre novas bases, visando o atendimento dos interesses populares.

Atividade do Fórum na rua